É hora agora de observar a rua através da janela. Com o copo de whisky na mão vamos dosando pensamentos, somando fatos, multiplicando sonhos, diminuindo esperanças e dividindo a realidade.
Qual parte disso tudo é de fato real? O que me fará acordar amanhã com orgulho?
Uma pessoa passa pela rua. Anda lentamente, os passos são tortos e nada sincronizados com o movimento dos braços. Brinco com os gelos no fundo do copo, eles cantam conforme dançam junto com o whisky.
Amanhã o sol irá raiar mais uma vez, talvez seja só mais um dia para ser vivido, cumprir obrigações. Mas também seja um dia para se matar dragões.
Queria que o mundo tornasse as coisas mais interessantes, mais atrativas aos meus olhos. Quero um mundo só meu, em que eu possa brincar de Deus. Eu distribuiria mais sorrisos, mais amor...
É o amor, aqui e ali. Por toda a parte, mas sempre tão ausente.
Só queria entender, isso tudo é uma pequena brincadeira de criança? Uma ciranda? Queria dançar essa música mais uma vez, ver se é essa a minha música, parar de trocar o cd.
Mas agora é somente hora de matar o copo.
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Meses sem vir aqui, eu sei.
2 comentários:
Gostei de como você escreveu...usou muito bem as palavras.
Deveria escrever mas.
Gostei de como você escreveu...usou muito bem as palavras.
Deveria escrever mas.
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