sábado, 22 de agosto de 2009

Padrão


"O neurótico constrói um castelo no ar.
O psicótico mora nele.

O psiquiatra cobra o aluguel
".
- Jerome Lawrence, dramaturgo americano

Seria todo o nosso comportamento fora dos padrões das grandes massas? Os loucos não são loucos por serem os únicos diferentes. Um louco no hospício, encontrará companheiros muito virtuosos que lhe trarão conforto e sabedoria. Loucura é algo, dito e visto, pelo maior grupo de massa. Juntamos 10 pessoas, se uma delas, apenas uma, seguir por outro caminho da vida, apenas para não querer estar dentro daquele padrão, ela será dita como louca pelos seus semelhantes em carne. Até mesmo a medicina segue padrões para as perturbações que eles dizem encontrar.

Se você fala com Deus, você é religioso. Se Deus fala com você, você é louco”.
- Doctor Gregory House, personagem fictício da série House.

A loucura, se fosse realmente algo louco. Não deveria ser padronizado. O mundo tenta se padronizar a cada instante, aqueles que seguem o padrão, são normais. Todos os outros, loucos. Porém, é mais louco ainda o mundo se fosse padronizado. Seriamos como os Oompa-Loompas, iguais e cantando em coral. Aí sim o mundo estaria louco.

O mundo como é: Guerras, Fomes, Discórdias, Vinganças, Mortes, Depêndencias e Padrões. Será isso considerado normal? Ou seria tudo isso uma grande loucura em que vivemos.

Todos nos sabemos que a coisa mais horrível, para nossa mente, é ser abandonado. Ser jogado em um canto ou deixado sozinho num quarto. Mesmo assim, enfiamos todas as pessoas ditas como loucas nessa situação. Isso somente piora o estado mental da pessoa, ninguém afastado e abandonado pode voltar ao “padrão”. Porém, não a abandonamos, enfiamos o individuo num lugar onde ele será induzido a voltar ao padrão. Quando não conseguimos, ele é eliminado, tanto em vida ou colocado num quarto para ser esquecido e arquivado.

Na sociedade, em que se altera a cada década e se diz a sã. Continuaremos a ser julgados e queimados. Lembre-se: Jogaram Galileu numa cela, Joana D’Arc numa fogueira e pregaram Jesus de Nazaré numa cruz. Todos eles, só tentavam fazer com que as pessoas vissem outros lados das coisas e agiam ou faziam coisas diferentes do padrão da época. Na época nossos antepassados os destruíram, hoje, nos os veneramos.

"A muito tempo atrás,
existiu um homem que foi mal-compreendido como nos somos
e eles pregaram ele na porra de uma cruz!
- Marilyn Manson, músico americano.

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O 22° post, como o número diz, era pra ser louco. Não louco, mas sobre isso, porém de uma forma social. Falta um pouco de inspiração esses dias, mas tentei fazer algo.
Bjs! ;*

6 comentários:

Luciana :) disse...

Dá inveja cara ¬¬ fiquei dias, horas tentando fazer uma redação tipo assim como você escreveu(pra português).. querendo dizer quase exatamente isso que você escreveu... Mas, ficou muito bom... você tem talento e msabe que eu acho iss =) beijos ;*

Nocivo disse...

Me levei pela citação de Jerome Lawrence, pela imagem do peão no centro de tudo e por toda a temática da loucura... Mas tenho de confessar que alimentar os peixes foi o que me prendeu por mais tempo rsrs

Anônimo disse...

karaka, meu!!
vc realmente me deixou pasmo com o seu texto.
Estou lendo Elogio a Loucura, ainda estou no começo, mas o assunto abordado é o mesmo, a loucura!
parabéns, ganhou um novo leitor.

Plínio disse...

Olá!
Seu blog foi indicado ao selo "Este Blog acerta em cheio"

Confira o post: http://jornaleirodeplantao.blogspot.com/2009/08/recado-da-redacao-premiacao.html

Parabens!

Rogerio disse...

Eu amei. *-* Vou seguir o blog. Sou super fã de Marilyn Manson

Neurotic StrangerBlood disse...

Eu não gosto de nada padronizado. Sou taxado como estranho pelos outros, até mesmo meus amigos chamam-me de esquisito. Mas eu não ligo, cada um deve ser o que quer ser e não o que os outros querem que ele seja!